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Qual a melhor estratégia em período de estiagem na região Norte: semiconfinamento, confinamento convencional ou terminação intensiva a pasto?


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A redução das chuvas, característica dessa época seca do ano, impacta na disponibilidade de pastagens e, consequentemente, pode afetar o desempenho dos animais. “Seja no semiconfinamento, confinamento convencional ou na terminação intensiva a pasto, os planos nutricionais visam manter um excelente desempenho dos animais na fase de engorda, facilitando a gestão da alimentação, fornecidas por meio de uma dieta ajustada e balanceada”, detalha a médica-veterinária Danúbia Figueira, doutora em Nutrição de Gado de Corte e supervisora técnica comercial, da Bigsal, marca de soluções nutricionais da Trouw Nutrition.

O confinamento convencional é um sistema de engorda no qual os animais são alojados em currais com dimensões específicas, recebendo alimentação e água de qualidade à vontade, disponíveis em cochos e bebedouros. Essa estratégia permite a redução da lotação em áreas de pastagens possibilitando o uso das pastagens para categorias mais leves, como animais de recria, resultando em melhor uso da terra. No entanto, sua implementação tem custo elevado, incluindo instalações, equipamentos, mão de obra, combustível entre outros, sendo que de todos as características levantadas, a alimentação influencia como a despesa mais relevante”, completa o especialista.

Apesar dos desafios, o confinamento convencional deve ser considerado, pois alivia as pastagens durante a estação seca, melhora a produtividade, reduzindo o tempo necessário para a terminação – além de possibilitar abates ao longo do ano, aumentando o giro de capital na propriedade.

Existem também outros dois sistemas de engorda semelhantes para a terminação de bovinos a pasto, mas é importante diferenciar as estratégias. O semiconfinamento e a terminação intensiva a pasto variam na quantidade de concentrado fornecido nos cochos. No semiconfinamento, são fornecidos, em média, de 0,8 a 1,2% do peso corporal em concentrado. Já na terminação intensiva a pasto, os animais recebem mais de 1,5% do peso corporal em concentrado, podendo superar 2%.

“A técnica de semiconfinamento envolve a terminação dos animais com acesso livre à pastagem e suplementação concentrada nos cochos para alcançar o desempenho desejado. Geralmente, os animais recebem uma quantidade concentrada equivalente a aproximadamente 1% do peso vivo, fornecida uma vez ao dia,” exemplifica Danúbia Figueira.

Por outro lado, a terminação intensiva a pasto (TIP) implica aumento da oferta de concentrado, chegando a cerca de 2% do peso vivo do animal. “Isso permite taxa de lotação mais alta, pois o aumento na ingestão de ração resulta em diminuição da demanda por pasto. Assim, enquanto no semiconfinamento tradicional a lotação precisa ser mais baixa devido à dependência do pasto, na TIP é possível trabalhar com lotação mais elevada devido à menor demanda por forragem,” destaca a médica-veterinária.

Determinar qual estratégia se encaixa melhor às necessidades da propriedade pecuária é uma questão para especialistas. A Bigsal, marca de soluções nutricionais da Trouw Nutrition, com forte presença nos estados da região Norte, como Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, além de atuar também em parte do Centro-Oeste, como no extremo norte do Mato Grosso, coloca à disposição dos pecuaristas sua equipe de técnicos capacitados a esclarecer essas e outras dúvidas.

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